Associação de Solidariedade e Acção Social de Ramalde

O Projeto de Mediadores Municipais Interculturais do Porto é uma parceria estratégia, coordenada pelo Município do Porto e estabelecida com 4 entidades dos territórios de intervenção, designadamente o Espaço T - Associação para Apoio à Integração Social e Comunitária; a Associação de Solidariedade e Ação Social de Ramalde; a Associação Ludotecas do Porto e a JRS-Portugal- Associação Jesuíta aos Refugiados - Associação Humanitária Mediação Intercultural, assumindo a prossecução de objetivos comuns e a consolidação de sinergias no desenvolvimento das atividades.

O objetivo geral desta intervenção assenta na integração das populações mais vulneráveis da cidade do Porto, designadamente as comunidades ciganas e migrantes, recorrendo à mediação intercultural como metodologia social que permite estreitar relações de convivência saudável entre estas comunidades e a população em geral.

Na premissa que a promoção da interculturalidade no concelho é essencial para o desenvolvimento de comunidades mais inclusivas, o Município do Porto, em 2018, submeteu uma candidatura ao Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE), gerido pelo Alto Comissariado para as Migrações, aprovando o Projeto de Mediadores Municipais e Interculturais da Cidade do Porto, com início em maio de 2019 e término de 2022.

A Mediação Intercultural é uma metodologia social que permite atuar em proximidade com as comunidades, com os territórios, em concertação com as entidades parceiras e em particular com os mediadores que facilitam o processo de reconhecimento de necessidades, o interface com as comunidades e entidades (públicas e privadas), numa lógica compreensão e aceitação da diversidade cultural.

O mediador assume um papel de facilitador do diálogo intercultural, entre as diferentes comunidade ciganas e migrantes e as instituições público e privadas; de promotor da compreensão e do respeito pelas diferenças culturais, de forma a reduzir os estereótipos e os preconceitos culturais, sendo um elemento desbloqueador do diálogo entre as partes envolvidas no processo de mediação.

O princípio agregador desta intervenção é a interculturalidade - a aceitação e integração da diferença, procurando, através da mediação entendimentos entre as comunidades e os serviços, desbloqueios comunicacionais, desconstrução preconceitos e estereótipos e o empoderamento das comunidades.

O projeto integra 14 medidas nas áreas da: educação, participação cívica, capacitação da equipa de mediação e comunidades, cultura, saúde, habitação e empregabilidade e a criação de um serviço de mediação:

- Serviço e Equipa de Mediação Municipal e Intercultural (SMMI);

- Capacitação da EMMI;

- Momentos socioeducativos e interculturais;

- Visitas pedagógicas e culturais;

- Espaços de convivência intercultural;

- Ações de promoção com as comunidades alvo da intervenção;

- Avaliação do projeto;

- Workshops sobre interculturalidade na educação;

- Pais e Interculturalidade;

- Escolas e partilhas interculturais;

- Escola Intercultural;

- Sensibilizar para a saúde;